Já ouviu falar de “Open banking”? Caso a resposta seja não, open banking é um conceito de facilitação da troca de dados entre instituições financeiras através de plataformas integradas. Na teoria, o cliente seria beneficiado pela facilidade na troca de empresas e conseguiria com maior agilidade consultar tarifas e taxas de outros bancos sem necessariamente ter de abrir uma conta, seria um grande passo para a desburocratização dos processos financeiros.
Tá, mas o que isso tem a ver com seguros? O conceito de “Open insurance” pode transformar também o nosso ramo.
Em nossos seguros mais ordinários (automóvel, residência, empresarial, etc) costumamos realizar renovações anuais repetindo sempre o mesmo processo de levantamento de dados dos clientes, cotações, proposta e apólice, com o Open Insurance, todo o histórico do cliente fica disponível entre as seguradoras, histórico esse que tende a ficar cada vez mais rico e transparente para o consumidor e mais ágil e barato para as seguradoras.
O Open banking e Insurance fazem parte do movimento Open Finance, Finanças Abertas, seguindo a tendência de nossos tempos, a unificação de bases de dados num ecossistema compartilhado.
Para as seguradoras esse compartilhamento de dados possibilitaria a divisão dos riscos, o que chamamos de resseguros, num nível mais abrangente incluindo seguros cotidianos, para os segurados, seria mais simples o seguro de apenas parte do valor de um bem segurado.
Todos esses processos devem iniciar a acontecer apenas no fim de 2022, mas a implementação da LGPD tem preparado o palco para a discussão:
Nós, enquanto clientes, temos a noção da importância de nossos dados? E as seguradoras, enquanto instituições, estarão devidamente amparadas para o tratamento correto desses dados?
Por Lucas Mariano