De 2021 até o presente momento (março de 2022) o setor de saúde privada no Brasil vem liderando a contagem de fusões comerciais e aquisições de empresas em nosso país. As mais de 100 negociações movimentaram quase R$ 21 bilhões no período.
Dentre as mais significativas dessas transações, listamos a fusão entre Notredame e Hapvida que correspondem a maior fatia do mercado de planos individuais correspondendo a mais de 20%. Deste agrupamento pode surgir um importante novo player na distribuição de planos de saúde para segmentos de classes de renda mais elevadas, porém isso é só especulação até o momento. A empresa formada nessa união possuirá valor de mercado acima de R$ 80 bilhões de reais.
Outra aquisição que promete mudar muita coisa é a da Sul América pela administradora de hospitais Rede D’or. A transação resultante de um acordo de R$ 10 bilhões, é apenas mais um passo na já consolidada política de expansão agressiva da empresa na compra de hospitais. Quando uma rede de hospitais incorpora uma operadora de planos de saúde, a presunção óbvia é que se trata de uma estratégia de verticalização (centralização da cadeia de produção, em metodologias industriais, uma produção interna da maior quantidade de ativos possível) onde o conglomerado gerará para si mesmo oferta e demanda, porém, representantes anônimos negam o fato.
Estamos testemunhando então o agrupamento das maiores potencias do setor, como consumidores, esperamos que tais movimentos resultem em melhorias no atendimento e condições de pagamento, como corretores, tememos que se estabeleçam monopólios e a população se torne refém de suas decisões.